segunda-feira, 26 de novembro de 2012


LIVRO - MULTILETRAMENTOS NA ESCOLA

(Roxane Rojo, Eduardo Moura – organizadores)




ROJO, Roxane; ALMEIDA, Eduardo de Moura. Multiletramentos na Escola. São Paulo: Parábola Editora, 2012.




Multiletramentos na escola (ROJO; ALMEIDA, 2012) foi o livro proposto para a nossa leitura e discussão nas aulas da disciplina ¨Novos Letramentos e Educação Superior¨ ministrada pelo Prof. Luiz Fernando Gomes.

Faço menção a alguns tópicos do livro que ao meu ver merecem destaque e reflexão.



Apresentação



Protótipos didáticos para os multiletramentos – Roxane Rojo



  • A proposta foi que os cursistas do curso que Roxane Rojo ministrou elaborassem trabalhos colaborativos que descrevessem, com embasamento teórico, propostas de ensino de língua portuguesa que eles tivessem experimentados em suas escolas com seus alunos ou que pudessem ser experimentadas por eles mesmos ou por outros colegas professores em outras ocasiões.
  • As propostas elaboradas pelos cursistas deveriam visar aos letramentos múltiplos, e abranger atividades de leitura crítica, análise e produção de textos multissemióticos com enfoque multicultural.

O nosso Grupo de Pesquisa : Educação superior e cultura digital (ESCD) tem como objetivos: (i) desenvolver pesquisas relacionadas à cultura digital que nos permita refletir sobre suas interrelações com a educação, em especial com o ensino superior; (ii) construir conhecimento sobre o tema, por meio de investigações e experiências realizadas por pesquisadores (alunos de mestrado e doutorado) ligados à linha de pesquisa Ensino Superior, do Programa de Pós-Graduação da Uniso.

Destaquei o nosso Grupo de Pesquisa porque achei semelhança com a proposta da autora Roxane Rojo.

O enfoque multicultural que a autora menciona me fez lembrar a Etnomatemática - O ensino de matemática não pode ser hermético nem elitista. Deve levar em consideração a realidade sócio cultural do aluno, o ambiente em que ele vive e o conhecimento que ele traz de casa. Essas afirmações fazem parte da etnomatemática, teoria defendida por Ubiratan D‘Ambrosio, professor emérito de matemática da Unicamp, professor do Programa de Estudos Pós-Graduados de História da Ciência da PUC de São Paulo, professor credenciado no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da USP e do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp.

  • Conforme a autora, esses protótipos são modelos de atividades que dão a ideia de trabalhos para docentes de língua portuguesa em busca de subsídios para trabalhar os multiletramentos com seus alunos. Acredito que esses modelos são também referências para outras disciplinas; cabe a cada educador adaptar os modelos para suas necessidades e contextos. Roxane Rojo (p.8) se refere a protótipos como ¨estruturas flexíveis e vazadas que permitem modificações por parte daqueles que queiram utilizá-las em outros contextos que não o das propostas iniciais¨.
  • Atividades que envolvem multiletramentos pode ou não envolver o uso de novas tecnologias de comunicação e de informação (¨novos letramentos¨). (p.8)
  • Atividades com multiletramentos caracteriza-se como um trabalho que parte das culturas de referência do aprendiz (popular, local, de massa) e de gêneros, mídias e linguagens por eles conhecidos, para buscar um enfoque crítico, pluralista, ético e democrático, permitindo a ampliação do repertório cultural, em busca de outros letramentos, valorizados (como é o caso dos trabalhos com hiper e nanocontos) ou desvalorizados (como é o caso do trabalho com picho).
  • Os alunos são agentes da sua aprendizagem.
  • Trabalhar com os multiletramentos partindo das culturas de referência/repertório do aluno implica a prática em ¨letramentos críticos que requerem análise, critérios, conceitos, uma metalinguagem, para chegar a propostas de produção transformada, redesenhada, que implica agência por parte de alunado¨ (p. 9).
  • Na coletânea de trabalhos apresentados nesse livro destaca-se: (i) análises críticas das estéticas e usos das linguagens e formas em seus objetos de ensino – ¨Por uma educação estética¨; (ii) a análise dos temas e do universo de valores, buscando uma ética crítica na análise dos textos/enunciados - ¨Por uma educação ética e crítica¨.

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