terça-feira, 2 de outubro de 2012

Este blog é exclusivo da disciplina Novos Letramentos e Educação Superior do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) – Área de conhecimento - Educação Escolar, Linha de Pesquisa – Ensino Superior - UNIVERSIDADE DE SOROCABA (UNISO). Professor responsável: Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes.


Este blog, individual e específico para a disciplina tem a função de registrar as memórias, discussões, ideias, reflexões, curiosidades, etc, surgidas em cada aula. Os blogs são formas de ensinar e aprender, muito ricas tanto para o professor como para o aluno. Recicla ambos, atualiza, instiga a curiosidade, a pesquisa e a aprendizagem, além de ser uma forma de comunicação entre alunos, professores e outros. É um instrumento para ensinar e aprender, e uma forma de intercâmbio de conhecimentos e publicação de seus conhecimentos.

Faço desde meu blog, o meu Webfólio, que é um portfólio expandido eletronicamente.

Poderíamos definir o portfólio como um continente de diferentes tipos de documentos (anotações pessoais, experiências de aula, trabalhos pontuais, controles de aprendizagem, conexões com outros temas fora da escola, representações visuais, etc) que proporciona evidências do conhecimento que foram sendo construídas, as estratégias utilizadas para aprender e a disposição de quem o elabora para continuar aprendendo. (HERNÁNDEZ, 2000, p. 166, grifo nosso).


Neste blog, darei prioridade às minhas memórias de aulas e reflexões. As minhas anotações serão expostas em textos ou simplesmente tópicos. Compartilho com meus colegas de turma as minhas ideias, dúvidas, questionamentos e interesses.

Faço desta atividade o meu diário eletrônico, algo prazeroso e não simplesmente uma exigência da disciplina. Tudo que se faz com prazer tem envolvimento e encantamento. Vocês não concordam?


Referência
HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000.



Nossa primeira aula: 21 agosto de 2012.


  • O prof. Luiz Fernando inicia a sua aula mostrando duas cartas manuscritas que recebeu. Aproveitou e comentou sobre os novos letramentos e fez comentários sobre a carta manuscrita e o e-mail; ao escrever uma carta manuscrita e um e-mail temos o mesmo letramento, o que muda é a forma de envio.
  • Hoje, a carta manuscrita está quase extinta em alguns meios sociais e regionais, porém em outros meios ainda é muito presente. Nos presídios, a prática de escrever cartas ainda é muito frequente como recurso de comunicação entre amigos e familiares.
  • Ao comparar a carta manuscrita com o e-mail podemos mencionar algumas particularidades.
        • Carta:
          • preocupação na escolha do papel da carta e no capricho da letra para o entendimento do leitor;
          • demonstração das nossas emoções; muitas cartas são manchadas por lágrimas, ou mesmo marcadas por batom, além de letras trêmulas, manifestação de sentimentos;
          • ao escrever cartas, muitos escrevem frases feitas como, ¨Espero que esta o encontre com saúde¨, ¨Como tem passado deste a última vez que nos correspondemos?¨, ¨Que Deus esteja com vocês¨;
          • preocupação em responder todos as perguntas da carta anterior;
          • expectativa para receber a resposta da carta enviada, geralmente são dias de espera e ansiedade;
          • a presença do carteiro gera expectativa para o recebimento da carta esperada;
          • manifestação de amor (cartas de amor) e saudade;
          • textos longos e explicativos;

    • E-mail:
          • textos curtos e sintético;
          • utilizados para agradecimentos, orientações, comunicados, convites, felicitações, etc;
          • geralmente ocorre simplificação na grafia;
          • geralmente ao responder um e-mail a pessoa não responde na íntegra o que se pergunta; observa-se que quando alguém pergunta: Tudo bem?, raramente é respondido;
          • a expectativa da resposta se resume em horas;
          • meio fácil, rápido e eficaz para transmitir as mensagens.

 Provavelmente muitos de nós não havíamos parado para refletir sobre cartas e e-mails. O letramento é o mesmo, mas as características que abrangem cada um desses meios de comunicação se divergem.

  • A tecnologia na educação gera muitas discussões, e um dos assuntos abordados em aula foi a Educação a Distância e o Ensino Superior.
  • Quando se fala em novos letramentos é porque já existiam outros letramentos. ¨Somos letrados em algumas coisas, e não somos letrados em outras¨ (Prof. Luiz Fernando Gomes).
  • ¨Na tecnologia estamos sempre aprendendo, pois sempre temos coisas novas¨ (Prof. Luiz Fernando Gomes).
  • Quando fala-se em escrita, fala-se em leitura.
  • Discussão: Quais são os novos letramentos? Como podemos entender, e como podemos utilizá-los em sala de aula?
  • Discussão: Redes Sociais e Comunidades Virtuais.
  • ¨O professor não precisa ser o centro da aula, ele é o orquestrador¨ (Prof. Luiz Fernando Gomes).
  • ¨A gente não só ensina, mas aprende o tempo todo, principalmente com nossos alunos¨ (Edmilson).
  • Discussão: lazer e felicidade. ¨O lazer está associado à felicidade¨ (Prof. Luiz Fernando Gomes).
  • Questão para reflexão: O que é lazer?
  • Leitura e discussão em aula: A era do saber gratuito. Disponível: http://www.estadao.com.br/notícias/vidae.a-era-do-saber-gratuito.841286.0.htm
  • É necessário termos uma leitura crítica do texto proposto para a discussão, ou seja, não podemos ¨ver¨ apenas o que foi falado no texto, mas o que foi omitido. Na leitura temos que questionar o texto proposto.
  • Conforme Zygmunt Bauman, filósofo polonês, hoje se descarta tudo, descarta-se até o outro.
  • A sociedade contemporânea passa por transformações sociais em todas as esferas: vida pública, privada, relacionamentos humanos, mundo do trabalho, estado e instituições sociais. Para Bauman (2001), vivemos tempos de incertezas e mudanças repentinas. Tudo o que poderia ser duradouro, sejam relacionamentos afetivos, vínculos empregatícios, produtos e até mesmo projetos de vida, parece desmanchar no ar. As sociedades ocidentais aprenderam, com a lógica do consumo, a desenvolver um insaciável apetite por novidades. Assim, consomem e descartam objetos e pessoas como nunca antes na história. Segundo Bauman (2001), a humanidade multiplicou as conexões, as relações, as interdependências, as comunicações espalhadas por todo o mundo; só que quantidade não equivale a qualidade. Ao denunciar a fragilidade das relações humanas, o sociólogo nos faz pensar sobre o predomínio do individualismo em detrimento do sentido de coletividade. Bauman (2010) vai além quando menciona que os contatos online têm uma vantagem sobre os offline: são mais fáceis e menos arriscados, é fácil conectar e se desconectar. A pessoa pode simplesmente desligar o seu contato online, sem necessidade de explicações complexas, sem inventar desculpas, sem censura ou culpa. Entre as coisas perdidas estão as habilidades necessárias para estabelecer relações de confiança, com outras pessoas. Relações cujos encantos você nunca conhecerá a menos que pratique. Para Bauman (2010) a árdua tarefa de compor uma vida não pode ser reduzida a adicionar episódios agradáveis; a vida é maior que a soma de seus momentos. (p.15, texto da minha dissertação – Educar na biologia do amor: o exercício de valores humanos entre alunos do ensino médio com o auxílio de tecnologia).
  • ¨Nada está acontecendo na educação que já não esteja acontecendo na sociedade¨ (Prof. Luiz Fernando Gomes).
  • Discussão em sala de aula: O tablet e o impacto nos livros didáticos.
  • Para a próxima aula foi proposto a leitura do texto: Olhar do Educador e Novas Tecnologias.
  • DEMO, Pedro. Olhar do Educador e Novas Tecnologias. In: B. Técnico do Senac: a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v.37, nº2, mai./ago.2011, Disponível em: HTTP://www.senac.br/conhecimento/periodicos.html




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